Balizas do porto de Lourenço Marques no início do século XX (20).

Um porto moderno para navios transoceânicos é o culminar de avanços científicos e tecnológicos e de saber e experiência profissionais acumulados ao longo de séculos. Para além do farol que já vimos, veremos agora pormenores normalmente pouco tomados em conta da estrutura e operação inicial do porto de Lourenço Marques, servindo principalmente as riquissimas regiões interiores da África do Sul e proporcionando o desenvolvimento da cidade.
Relembro que os cais onde atracam os navios, os guindastes normais e especializados (carvoeiras, grandes cargas) e os equipamentos auxiliares do porto (central geradora, central telefónica) já foram desenvolvidos em bastantes mensagens no HoM. 
Ver também mensagem sobre dragagens no porto.

FOTO 1 -  Balizas do Porto de Lourenço Marques em 1929
Em três localizações diferentes na Barra
FOTO 2: de Manuel Romão Pereira cerca de 1890
Ao tempo da construção da actual Av 25 de Setembro onde tinha sido pântano
Do lado direito da FOTO 2 o prédio das Obras Públicas estava mais ou menos onde agora é o BCI, antigo John Orr.

 FOTO 2 detalhe
Balizas para o porto a cargo das Obras Públicas.
Iam ser transportadas daqui para o estuário
que na altura ficava uns 200 metros para a direita.
As estruturas metálicas da FOTO 2 deviam talvez ter uns 8 metros de altura. Assentavam no leito do mar e a parte que ficava saliente da água seria semelhante ao que se vê na FOTO 1 (mas essas de 1929 já não eram as de 30 anos antes) para indicar a profundidade da água aos navios. 
Se não houvesse as balizas, os navios tinham de medir a profundidade frequentemente com sondas (não havia os GPS ou sonares de hoje) e todos os movimentos no estuário ou baia seriam mais lentos e inseguros. As balizas eram colocadas definindo canais por onde os navios podiam passar tendo em conta o seu calado (a profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha de um navio em relação à superfície da água). As balizas eram iluminadas (tal como era o farol da Ponta Vermelha). Inicialmente esteve previsto sê-lo por gás produzido no gasómetro da Praça 7 de Março mas a ideia não foi prosseguida.
Na FOTO 3 vemos outras balizas semelhantes às de cima mas para uso em terra.

 FOTO 3: em Moçambique mas não sei em que cidade e /ou local
Do lado esquerdo estão duas balizas que penso serviam
de sinalização para os navios a partir de terra

A FOTO 3 talvez fosse na Ponta Vermelha e as balizas estariam junto à barreira viradas para a baía. Por isso estas eram para uso em terra mas não estou seguro.

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