Bairro Indígena da Av. de Angola em 1943, as "ilhas" da cidade do Porto e os iluminados

Na publicação oficial periódica Moçambique, Documentário Trimestral que foi digitalizada e incorporada na Biblioteca Digital da Memória de África aparecem fotografias antigas do na altura segundo Bairro Indígena depois da Munhuana na actual cidade de Maputo (de que falámos aqui e aqui) mostrando de perto as construções. As fotos foram tiradas em 1943, a qualidade é má por isso nunca ninguém as deve ter aproveitado (salvo a panorâmica) mas a informação nova que mesmo assim trazem é importante. 
Esquadra da polícia ficava na praça principal


Uma das ruas do bairro

Suponho ser a escola que foi recentemente recuperada 
pela Cooperação Portuguesa que vimos na segunda mensagem.

Vista aérea para sul-sudeste do Bairro Indígena.
Na praça central a esquadra vista por trás e a escola vista de lado

Desta panorâmica compreende-se que o edifício que está à esquerda na primeira foto e de que só se vê a parte de trás era a escola. Ao fundo da praça havia um grande edifício que não sei se seria esta igreja de S. Joaquim ou um edifício anterior. A Av. de Angola atravessa a meio da foto para lá do bairro subindo à direita para o Alto Maé que é o bairro mais próximo na cidade. Vê-se esta depois muito mais larga na direcção este - oeste do que funda na direcção norte - sul, o estuário e a Catembe ao fundo. A torre que se vê ao centro da cidade é da catedral católica que em 1943 devia estar quase pronta. 
Lembrando-me de novo do senhor Zamparoni (ver aqui na segunda mensagem) e das suas iluminadas opiniões sobre o Bairro Indígena, em contraponto ao que vimos em cima eis o que se passava numa parte do Portugal da Europa:
"Ilhas" na cidade do Porto onde habitaram 
e habitam milhares de pessoas do século XIX à actualidade

O que era melhor, as "ilhas" do Porto na Europa ou o Bairro Indígena em África? Hah, e pois, e tal ...!

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