Já aqui falámos da escola comercial de Lourenço Marques (actual Maputo) antiga na mensagem. Podemos agora complementar com novas fotos obtidas da DISSERTAÇÃO: O ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL INDUSTRIAL E COMERCIAL EM LOURENÇO MARQUES DURANTE O ESTADO NOVO – A ESCOLA COMERCIAL DR. AZEVEDO E SILVA; Autora: Luísa Maria Pina Valente Antunes - CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE MESTRE EM EDUCAÇÃO. Área da especialização em Formação Pessoal e Social - 2010.
Algumas desta fotos foram cedidas para esse trabalho pelo Arquivo Histórico de Moçambique o que comprova existir este tipo de material histórico na instituição. É pena não ser disponibilizado em linha para possibilitar pesquisa à distância.
Depois de ser o Liceu 5 de Outubro e depois Salazar (e tinha sido outras coisas antes), com a construção do novo edifício para o Liceu (actual E.S. Josina) em 1952 este edifício passou a ser a Escola Comercial Dr. Azevedo e Silva.
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| Escola Comercial nos anos 50. Zona da Polana. Vê-se ainda as linhas do eléctrico em primeiro plano no pavimento |
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| Foto cerca de 1970 (com alunas de saia bem acima do joelho) Nesta escola havia mais raparigas enquanto que na Escola Indústrial do mesmo nível de ensino havia mais rapazes. |
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| Cercanias da escola nos anos 50. Deve ser nos espaços internos. |
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| Sala de dactilografia nos anos 50 |
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| Sala de desenho nos anos 50. Isto devia ser herança das escolas anteriores pois para curso comercial não devia ser preciso. |
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| Sala de Português nos anos 50 |
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| Sala de Lavores Femininos nos anos 50 |
Por fim uma foto particular e de novo da fachada princioal:
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| Escola Comercial cerca de 1938 |
Este edifício foi substituido em 1972 como se falou nesta mensagem, edifício novo esse onde se tem continuado a ministar esse tipo de ensino até ao presente. Ver imagens do laboratório e mais do edifício principal aqui.
Comentários
Situo a demolição em 73/74, pese embora a construção do actual ss deva ter iniciado em 71/72.
As salas de dactilografia mantiveram esse mesmo equipamento até aos anos 70, mais precisamente 73. Apenas as máquinas de escrever foram actualizadas, mas nem todas. As mais jovens eram as portuguesas Messa, mas ainda usei uma Remington que coexistia com as velhinhas Adler e Royal.
Aquilo a que chama cercanias integravam o espaço interior da escola. A curva para a direita conduzia ao ICLM, que tinha entrada pela Av dos Lusíadas e onde actualmente funciona uma creche.
À esquerda desse caminho vê-se o edifício que albergava o laboratório, sala de dactilografia, sala onde eram ministradas as aulas das alunas do curso dd esteno-dactilógrafas e a cantina.
Os equipamentos das salas de desenho e lavores eram destinados ao curso de formação feminina, no 1°. andar. Na verdade, era um curso que pertencia à Escola Industrial mas que era ali ministrado pelo motivo que aponta numa das legendas: desequilíbrio entre o número de alunos vs alunas. No final da década de 60, acabou por transitar para a EIMA.
Para "cultura geral": distinguiam-se as alunas dos diversos cursos pela cor dos cintos sendo que o vermelho era do Curso Geral de Comércio, azul da Formação Feminina, verde de Esteno-dactilógrafas. Duas pequenas variações para as finalistas do CGC que podiam usar cinto vermelho e preto, igual às fitas das máquinas de escrever, e azul e preto para quem frequentava a Secção Preparatória para Ingresso nos Institutos Comerciais.
Dados registados em letra de forma, de facto, não possuo. O meu comentário baseia-se nas informações de alunos que transitaram do 5 de Outubro para o Salazar aquando da sua inauguração. Lamentavelmente, nenhuma das minhas fontes se encontra entre nós, pelo que me é impossível confirmar.
Cumprimentos.